A avaliação institucional é parte integrante do processo “ensino/aprendizagem” e ganhou na
atualidade um espaço muito amplo nos processos educaciones em vária frentes de intervenções. Requer muito preparo técnico e uma grande capacidade de observação por parte dos profissionais envolvidos.
Segundo
Perrenoud (1999), a avaliação da aprendizagem, no novo paradigma, é um processo
mediador na construção do currículo e se encontra intimamente relacionada à
gestão da aprendizagem dos alunos.
Entre
os objetivos da avaliação institucional podemos citar: a produção do conhecimento,
questionar os sentidos das atividades e finalidades da instituição, a identificar
as causas de problemas e deficiências, o aumento da consciência pedagógica e
capacidade profissional dos docentes e funcionários, o fortalecer relações de
cooperação entre os atores institucionais.
Outros
elementos importantes são: compreender a relevância científica e social das
atividades e produtos da instituição, a prática e o estímulo à prestação contas
à sociedade, a efetivar a vinculação da escola com a comunidade.
Os
princípios da avaliação institucional devem se dar em torno da continuidade e
da participação ampla da comunidade da comunidade escolar (direção, alunos,
professores, técnico-administrativos e pais) ocorrendo sempre em todas as
etapas da avaliação.
É
preciso que a mudar a concepção de que a avaliação institucional seja um
instrumento de controle burocrático e centralizador e possa cada dia se
transformar e um processo necessário de administração do ensino e uma condição
para a melhoria do ensino e da pesquisa e como exigência de sociedade
democrática.
Dessa
forma a avaliação irá contribuir com a gestão, no sentido de crescimento da
instituição, com o objetivo de melhorar a qualidade de ensino e nortear os
caminhos educacionais.
Tornando-se
importante subsídio para o diagnóstico, melhoria da instituição e de forma
eficaz no auxílio para tomada de decisão no espaço escolar, tendo por objetivo
rever e aperfeiçoar o Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola promovendo a
melhoria, qualidade, pertinência e relevância das atividades desenvolvidas na
área pedagógica e na administração.
Outra visão a ser abordada é de
que a avaliação adotada pelo Estado avaliador baseia-se no paradigma “objetivista
e tecnocrata” que acaba se chocando com a proposta de “gestão democrática”,
pois muitas vezes as metas estabelecidas, em quadro geral, não com diz com a
realidade da comunidade.
Valoriza-se, portanto, a
realização de controle e a competição institucional, e se enfraquece a
solidariedade e a cooperação. O conceito de uma educação baseado em metas nos
obriga a trabalha com a prática individualista, tanto no âmbito da relação com
os discentes, como também com os colegas docentes.
Com relação os paradigmas da
educação é importante observarmos o pensamento de Dias Sobrinho (2004, p. 720)
que nos esclarece que “o paradigma objetivista” tem sido largamente utilizado
pelos governos e por agências multilaterais. Evidentemente, a quantificação, a
objetividade, a comparabilidade são aspectos importantes de um processo
avaliativo.
Já Grego (1997, p.112) salienta que o mérito
do paradigma subjetivista está na “estrutura de significados das atividades
construtivas dos atores sociais onde o conhecimento é histórico-hermenêutico”.
O conceito de Grego fica
caracterizado pela “ênfase no processo”, de “natureza formativa”, tendo como
meta o “consenso”, a “tomada de decisões” que visem à mudança e à
reestruturação institucional.
Neste caso, a avaliação
apresenta-se como fenômeno político, de grande importância para o Estado e a
sociedade, pois tem o poder de modelar sistemas e garantir determinadas
práticas e ideologias e gerar possíveis impactos na educação.
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