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terça-feira, 23 de abril de 2013

RELIGIOSIDADE dos Escravos no Brasil


Quando os negros escravos chegaram ao Brasil trazidos da África de variados grupos étnicos eles trouxeram consigo as suas crenças e rituais, e ao correr do tempo foram aculturados, catequizados e convertidos ao catolicismo pelos padres da Companhia de Jesus.

E nesse processo de assimilação, muito dos seus valores culturais foram preservados assim como as imagens dos mitos anteriores que foram associados aos santos a própria maneira de ser, o gosto pela música, pela dança e pelos panos coloridos.

Na cidade do Rio de Janeiro, os negros foram inicialmente aceitos na igreja de São Sebastião do morro do Castelo, porém quando da transformação daquele templo em Sé, os negros acabaram sendo hostilizados, e passaram à ter muitas dificuldades para realizarem os seus cultos, em virtude dos fatos os irmãos se empenharam e decidiram construir seu próprio templo, e para isto em 14 de Janeiro de 1700 obtiveram o alvará de licença para edificação e o privilégio de escolher o sacerdote para a celebração do ofícios, e em Agosto de 1701 foi oficializado a doação do terreno por parte de Dona Francisca de Pontes diante do tabelião João de Carvalho Mattos, e no dia 2 de Fevereiro de 1708 foi colocada a pedra fundamental para a construção da igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Preto que cresceu e desenvolveu-se conforme a sua vocação natural sem ostentar muito luxo porém com seu caráter festivo que nos dias dos santos se tornou palco memoráveis de comemorações.

Ao reunir fieis pretos e brancos das mais variadas camadas sociais de toda a cidade para presenciarem um curioso desfile que reunia o rei e a rainha negros com sua corte vestidos de ricos trajes bordados que saiam pelas ruas dançando e batendo palmas num ritual a que muitos estudiosos atribuem as origens do carnaval.

E no ano de 1734 quando das obras na igreja do morro do Castelo, a catedral foi transferida para a igreja Cruz dos Militares, mas em conseqüência de desacordos surgidos em 1737, a Sé foi transferida para a igreja a igreja do Rosário e São Benedito onde o cabino não demorou a criar novas contrariedades, que levou a irmandade a se queixar ao rei, todavia em resposta a carta da irmandade o soberano determinou que a catedral permanecesse até a construção de uma nova Sé. E quando da chegada de Dom João VI ao Rio de Janeiro em 7 de Março de 1808, ele manifestou a intenção de visitar a catedral da cidade e tal travou-se uma verdadeira batalha ente os cônegos que queriam receber os reis à porta, e por este motivo acabaram impedindo que o pessoal da irmandade e donos da igreja participassem da recepção, ante porém que a disputa se tornasse mais radical.

Os irmãos optaram em demonstrar que estavam conformados com a decisão e se retiraram da igreja e se ocultaram nas redondezas, no momento em que o cortejo real com Dom João VI aproximava-se do templo, os irmãos tomaram a dianteira do grupo, festejando e fazendo alas para a passagem dos soberanos e seus acompanhantes até o altar.

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