O período conhecido como República Nova ou República de 46
inicia com a renúncia forçada de Vargas, em outubro de 1945.O General Eurico Gaspar
Dutra
foi o presidente eleito e empossado no ano seguinte. Em 1946 foi promulgada nova Constituição,mais democrática que a anterior,
restaurando direitos individuais. A construção de Brasília. Na imagem os prédios dos ministérios, 1959.
Fonte: Arquivo Público do Distrito Federal.
Em 1950, o Brasil recebe a Copa
do Mundo de Futebol. Apesar de perder a final para o Uruguai, por 2 a 1, coloca o país definitivamente em
destaque no cenário internacional, bate todos os recordes e deixa como legado o
Estádio do
Maracanã, o maior do país. Ainda em 1950, o maior comunicador brasileiro do século XX, Assis
Chateaubriand, inaugurou a TV Tupi São
Paulo,
que no início chamava-se PRF-3. Sua cadeia de rádio, jornais e televisão
crescia a olhos vistos.
Nesse ano, Getúlio Vargas foi mais uma vez eleito presidente, desta vez
pelo voto direto. Em seu segundo governo foi
criada a Petrobrás, fruto de tendências
nacionalistas que receberam suporte das camadas operárias, dos intelectuais e
do movimento estudantil. Porém, os tempos não eram mais os mesmos, e Getúlio
não conseguiu conduzir tão bem o seu governo. Pressionado por uma série de
eventos, em 1954 Getúlio Vargas comete suicídio
dentro do Palácio do Catete. Assume o vice-presidente, João
Fernandes Campos Café Filho.
Em 1955, Juscelino
Kubitschek foi eleito presidente e tomou posse em janeiro de 1956, ainda que tenha enfrentado tentativas de golpe. Seu governo caracterizou-se pelo
chamado desenvolvimentismo, doutrina que se detinha
nos avanços técnico-industriais como suposta evidência de um avanço geral do
país. O lema do desenvolvimentismo sob
Juscelino foi 50 anos em 5. Em 1960, Kubitschek inaugurou Brasília, a nova capital do Brasil.
Já em 1961, Jânio Quadros, eleito em 1960, assumiu
a presidência, mas renunciou em agosto do mesmo ano. Jânio, um ex-professor sul-matogrossense radicado em São Paulo
pregava a moralização do governo, iniciou sua carreira política no PDC e se elegeu com o apoio da UDN, fez um governo contraditório: ao lado de medidas
polêmicas (como a proibição de lança perfume e da briga de galo), o presidente
condecorou o revolucionário argentino Ernesto Che
Guevara, para a supresa da UDN. Com a
condecoração, Jânio tentava uma aproximação com o bloco socialista para fins
estritamente econômicos, mas assim não foi a interpretação da direita no
Brasil, que passou a alardear o pânico com a "iminência" do
comunismo.
O vice-presidente João Goulart, popularmente conhecido como
"Jango", assumiu em 7 de setembro de 1961 a presidência, após uma
crise política: os militares não queriam aceitá-lo na presidência, alegando o
"perigo comunista", ou seja que Jango era simpatizante do comunismo e mantinha vários comunistas em seu governo. Além
de ex-ministro trabalhista, Goulart encontrava-se na China quando da renúncia de Jânio Quadros. Uma solução
intermediária é acertada e instala-se o parlamentarismo no Brasil.
Em 1963, entretanto, João Goulart
recuperou a chefia de governo com o plebiscito que aprovou a volta do presidencialismo. João Goulart governou
até 1 de abril de 1964, quando se refugiou no Uruguai deposto pelo Golpe Militar de 1964. No seu
governo houve constantes problemas criados pela oposição militar, em parte
devido a seu nacionalismo e posições políticas radicais como a do Slogan "Na
lei ou na marra" e "terra ou morte", em relação à reforma agrária . O maior protesto dos
setores conservadores da sociedade contra seu governo ocorreu nas cidades de
São Paulo e Rio de Janeiro, em 19 de março de 1964, com a chamada Marcha da Família com Deus pela Liberdade.
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