Em A Identidade cultural na Pós-Modernidade (2003), Stuart Hall busca
avaliar se estaria ocorrendo uma crise com a identidade cultural, em que
consistiria tal crise e qual seria a direção da mesma em momento pós-moderno.
Para efetivar tal intento, analisa o processo de fragmentação do indivíduo
moderno enfatizando do surgimento de novas identidades, sujeitas agora ao plano
da história, da política, da representação e da diferença.
A preocupação de Hall também se volta para o modo como haveria se alterado a
percepção de como seria concebida a identidade cultural. Todos esses aspectos
constituem-se como fases de um procedimento analítico que intenta descrever o
processo de deslocamento das estruturas tradicionais ocorrido nas sociedades
modernas, assim como o descentramento dos quadros de referências que
ligavam o indivíduo ao seu mundo social e cultural. Tais mudanças teriam
sido ocasionadas, na contemporaneidade, principalmente, pelo processo de
globalização.
A globalização alteraria as noções de tempo e de espaço, desalojaria o sistema
social e as estruturas fixas e possibilitaria o surgimento de uma pluralização
dos centros de exercício do poder. Quanto ao descentramento dos sistemas de
referências, Hall considera seus efeitos nas identidades modernas, enfatizando
as identidades nacionais, observando o que gerou, quais as formas e quais as
conseqüências da crise dos paradigmas do final do século XX.
Nenhum comentário:
Postar um comentário