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domingo, 6 de outubro de 2013

OPINIÃO: A guerra de Duque contra servidores dará numa derrota vexatória para o prefeito

Por Paulo César Gomes, escritor e historiador serra-talhadense

Os primeiros dez meses do governo Luciano Duque vêm sendo marcados por muitas contradições, algumas delas não dá nem para comentar, como no caso do desastroso fim das plenárias do Orçamento Participativo e o inusitado café da manhã no Mercado Público. Outros episódios continuam sem explicações, como no caso da saída do líder do governo na Câmara de Vereadores e exoneração de seis secretários em menos sete meses de gestão.

No entanto, o grande calo da gestão tem sido a articulação política, uma área estratégica que vem se transformado e um imbróglio recheado de insucessos. O primeiro problema é fato de que a gestão é extremamente fechada, onde os partidos aliados e as lideranças políticas sofrem intenso bloqueio e acabam excluídos das discussões e das decisões políticas.

O que na verdade é um contrassenso a proposta do PT de implantação de um Conselho Político suprapartidário. A ideia iria descentralizar e democratizar as decisões políticas e administrativas. Isso na prática não que dizer que o prefeito vai deixar de governar ou que alguém vai ocupar a sua “majestosa” cadeira. Outro erro grotesco do governo a na forma de trataras as questões divergentes.

Em muitos fica a impressão de que estar faltando habilidade do gestor e dos seus auxiliares mais próximos, pois as propostas não avançam e acabam deixando impressão de “um certo” ar de arrogância, melhor exemplo é a forma com o qual vem sendo tratado o projeto do aumento das alíquotas referentes à contribuição do trabalhador e do patronal para o IPPST.
Onde ao invés de agregar, o prefeito só faz perder apoio, além de não explicar o inexplicável, ele ainda tenta desqualificar o movimento legítimo dos servidores. Segundo o líder revolucionário russo Lênin, na política, assim como na vida, “às vezes devemos dar um passo atrás, para logo depois dar dois à frente”.

A melhor que coisa que o prefeito Luciano Duque faz nesse momento é retirar o projeto da pauta de votação e recomeçar tudo da estaca zero, buscando construir algo de caráter coletivo, democrático e transparente, sem imposição ou incoerência. Caso contrário irá sofrer uma derrota vexatória.

Aproveito a oportunidade para prestar a minha solidariedade ao movimento dos servidores municipais e a direção SINTEST, que infelizmente vêem sofrendo uma serie de ataques por parte de um governo que foi eleito com o discurso, que entre outras coisas, propunha um mandato democrático e o fim do coronelismo na cidade.

E por outro lado, lamentar a postura omissa adotada pelo Partido dos Trabalhadores, que em tempos atrás atuava em defesa dos trabalhadores. É uma pena que o PT renegue as suas bandeiras e jogue no lixo a sua história. Um partido que nasceu sem patrão e sem coronel, hoje agoniza envolto nos seus próprios tentáculos!

Um forte abraço a todos e a todas e a até a próxima!

Publicado no Site Farol de Noticias de Serra Talhada, em 06 de outubro de 2013.

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