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domingo, 28 de abril de 2013

O que de fato se esconde por trás da instalação do curso de medicina em Serra Talhada?


Paulo César Gomes é professor e escritor


O que de fato se esconde por trás da instalação do curso de medicina em Serra Talhada? Faltando pouco mais de quatro meses para o início das aulas do tão sonhando curso de medicina em Serra Talhada, o que ser ver é uma lentidão gigantesca no sentido de garantir os requisitos mínimos para o funcionamento do curso, entre eles, a definição de qual será o Hospital Escola, a aquisição de laboratório equipado com peças anatômicas naturais e artificiais e a construção de um IML (Instituto Médico Legal). As únicas coisas certas que sem têm até agora, é que as aulas vão começar em agosto e serão realizadas nas instalações da Faculdade de Formação de Professores de Serra Talhada (Fafopst). O que na verdade é muito pouco para um curso que forma profissionais de importância ímpar para a nossa sociedade.

É inegável que o processo de expansão e de interiorização das universidades é salutar para o estado e para o país. O problema é qualidade do ensino e da infraestrutura que será disponibilizada pelos governos, seja ele estadual ou federal, para que esse objetivo seja atingido com êxito, pois, não custa lembrar que há menos de um ano, os alunos do curso de medica do campus da UPE de Garanhuns, realizaram uma greve na qual denunciavam a falta de infraestrutura do curso.

Na época estudante Breno Moura, do segundo período, fez o seguinte desabafo: “a política do estado de expansão dos cursos para o interior é boa, mas não concordo que seja a qualquer custo e sem qualidade. Eles usaram 40 sonhos na aula inaugural e depois nos abandonaram”. Na verdade o curso de medicina em Serra Talhada significa um avanço para ensino superior de o todo o sertão pernambucano, além de ser uma grande oportunidade para os jovens de baixa renda da região, que dificilmente, por questões financeiras, teriam a condições de estudar em Recife ou em outra cidade do país.

No entanto, é bom que se frise que o funcionamento do curso no atual quadro, nada mais é, do que uma prova do devaneio do governador Eduardo Campos (PSB), que quer a todo custo ser candidato a presidente em 2014, e para isso precisa mostra o que têm e o que ainda não existe no estado. Sem contar que a obra também visa atender aos caprichos políticos dos deputados Inocêncio Oliveira (PR) e Sebastião Oliveira (PR). Porém, as nossas esperanças estão depositadas nesses jovens que irão a partir de agosto enfrentar essa longa jornada até a colação de grau. Estudantes que dedicaram horas e horas se preparando para o vestibular, e que mesmo com todas as incertezas, irão com certeza, ser grandes profissionais. 

Um forte abraço a todos e a todas e até a próxima!

P.S.: Durante a semana passada, o advogado Ricardo Valões enviou o comentário sobre o texto escrito por mim no último domingo. No comentário, o advogado cobra de mim uma “matéria sobre os desvios de verbas na previdência municipal”. Em primeiro lugar eu quero agradecer a Ricardo pela atenção ao meu texto, e em segundo lugar, quero dizer que só posso emitir opiniões em cima de fatos comprovados, não posso e não devo comentar fatos que eu tenho como comprovar. Com bem sabe o nobre advogado, o ônus da prova e de quem acusa… Então, vamos às provas!

Publicado no site Farol de Notícias de Serra Talhada, em 29 de abril de 2013

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